terça-feira, 29 de outubro de 2013

Choro de amor


digo-te:
estava a chover
e cada gota
não era mais
do que uma lágrima
simplificada
da minha dor

voltaste o rosto
para mim
e chamaste 
as nuvens
de sombras
num céu
triste assim

disseste:
nunca houve
terra molhada
que não fosse 
tocada
por um choro 
de amor

mas vê
como o vento
se esquece
e do orvalho
amanhece
uma erva
como cresce
uma flor



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