Chão Novo
Um vento alucinado revolve-nos
a presença: já não nos podemos conter
e a força do nosso encontro é ciclónica
devastadora das nossas crenças
da nossa atitude natural quotidiana
esvaziamo-nos
sacudimos os sedimentos soltos
limpamos o espaço entre nós
e pavimentamos o tempo outra vez
amanhã é capaz de soprar uma brisa calma
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