sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Alma antiga


VI

No mais subtil dos sismos
vemos uma flor 
desabrochar
enquanto se desenrola
o tremor de terra
num sopro de ar

fugaz
perde-se o meu olhar
como nevoeiro 
ou um pássaro
que voa
mas sob a claridade
da lua
um tigre agita-se
por entre os juncais

inclina-se a noite
como um sabre 
cortando a luz
e chega rubra
a alvorada:
a manhã seduz





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