O amor tem de ser uma terra fértil
onde me refaço no barro
de vários rostos
na lama quente
no pó desfeito dos vendavais
não é só deus que aí mora
com o seu sopro de eternidade
mas também um animal de sangue
uma carne querendo amansar
e ossos em ruína
a pedirem o abraço frio da terra
e o recomeço de tudo
na lava que devora o tempo
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