Fernando Pessoa (13/06/1888 - 30/11/1935)
E o meu caso de amor com ele, bem antigo, anseia pela última obra, dedicada às suas incursões astrológicas - edição de Paulo Cardoso, astrólogo, com a colaboração de Jerónimo Pizarro, professor e investigador pessoano (Bertrand Editora).
Poeta fáustico, privilegiou o caminho alquímico entre as vias de obtenção de sabedoria, e os heterónimos são a expressão poética do múltiplo em si, projecção de uma iniciática e anagógica transmutação do ser.
António Quadros, em Fernando Pessoa - vida, personalidade e génio (Publicações Dom Quixote),tenta precisamente essa interpretação anagógica da poética pessoana, fazendo corresponder os heterónimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e o próprio Pessoa - como autor dos poemas ocultistas e místicos, aos arquétipos da terra, da água, do ar e do fogo.
E dessa viagem pelo seu itinerário iniciático e alquímico, hoje a minha homenagem vai para o poeta mercurial e lunar Álvaro de Campos, o poeta da assunção do arquétipo da água, da vida primordial, da energia vital, das energias primitivas da raça e da tribo, das cintilações intuitivas e oníricas, o poeta do desejo, do inquieto e torrencial movimento incessante, o poeta do impulso de descoberta ou da possessio maris (António Quadros - Fernando Pessoa vida, personalidade e génio).
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