Cuidado
que me cativas para sempre
e eu só estou preparada
a ir até ao meio do caminho
no entanto
se a tua alma souber
brincar com o destino
tomando a sério o seu avesso
não será em vão o nosso encontro
e juntos mergulharemos
no dia seguinte
segunda-feira, 30 de maio de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Progresso
quarta-feira, 25 de maio de 2011
A Teia
porque a aranha
Tece
enreda
cria
desarruma a noite
e a traduz em mensagens
decifra
animal psicopompo
em seu barco-teia viaja
augura
a alma que se liberta do corpo
e o corpo
demiurgo
que pacientemente
vai aprisionando
os meus bichos selvagens
Tece
enreda
cria
desarruma a noite
e a traduz em mensagens
decifra
animal psicopompo
em seu barco-teia viaja
augura
a alma que se liberta do corpo
e o corpo
demiurgo
que pacientemente
vai aprisionando
os meus bichos selvagens
domingo, 22 de maio de 2011
Africando
Os dongos descendo o rio
embalando as almas
numa saudade doce
e dolente
os sons da noite ritmando
o balançar dos corpos
cadentes numa batida sensual
de zouk e semba ou kizomba
negra a noite engoliu
dentro dela o travo
amargo e doce da origem
de tudo
o que é presente
e ausente
o que retorna
e as rubras acácias
no útero da memória
projectam alamedas no amanhã
embalando as almas
numa saudade doce
e dolente
os sons da noite ritmando
o balançar dos corpos
cadentes numa batida sensual
de zouk e semba ou kizomba
negra a noite engoliu
dentro dela o travo
amargo e doce da origem
de tudo
o que é presente
e ausente
o que retorna
e as rubras acácias
no útero da memória
projectam alamedas no amanhã
terça-feira, 17 de maio de 2011
Lua cheia de wesak
Como a fénix
renasceu das cinzas
e o seu vôo libertou infinitasnuances de luz
que represas de amor ficaram
A todos os encontros de Buda com Jesus.
Ao Paulo e à Fátima, à sua alquimia Touro-Escorpião.
domingo, 15 de maio de 2011
Fado
De toda a felicidade me esvaí
pesada
foi também por paixão
e as minhas dores são como um fado
não me querem a cantar que renasci
dedicado à Fátima
pesada
foi também por paixão
e as minhas dores são como um fado
não me querem a cantar que renasci
dedicado à Fátima
sábado, 14 de maio de 2011
Mistério
O tempo
demora-se sempre
mais que o presente
então o real se esconde
nesse tempo onde
o mistério o espera mais à frente
demora-se sempre
mais que o presente
então o real se esconde
nesse tempo onde
o mistério o espera mais à frente
Sensação
Idolatrados o vento
as nuvens em galope
o mar revolto
quando se distendem
na memória
relaxam ou turvam o olhar?
é minha esta imagem
ou de um outro olhar meu guardado
que faz agora o coração vibrar?
fecho os olhos
e sou o vento ingente
as nuvens cinza se espraiando
o rodopio da onda
esperando a tempestade
benditos frutos da minha mente
que animam os sentidos
são como moinhos de vento
abrindo os caminhos da sensação
as nuvens em galope
o mar revolto
quando se distendem
na memória
relaxam ou turvam o olhar?
é minha esta imagem
ou de um outro olhar meu guardado
que faz agora o coração vibrar?
fecho os olhos
e sou o vento ingente
as nuvens cinza se espraiando
o rodopio da onda
esperando a tempestade
benditos frutos da minha mente
que animam os sentidos
são como moinhos de vento
abrindo os caminhos da sensação
domingo, 8 de maio de 2011
O pouso do nómada
as ruas
na carne se extinguem
os condomínios
na pele se alojam
salivas e fluidos ribeiram
até ao rio
de espasmo
que molha o fim do desejo
o sexo
não tem outra morada
que a do próprio corpo
o meu - solitário prazer
o meu com o teu - erótico encontro
mas o amor
constantemente (re)inventa
a sua morada
na alma humana habita
é sem-abrigo
sob um céu estrelado
ou banco de jardim
o seu lar procura
e o edifica
na alma sustenta
todo o peso do corpo
o amor que habita a alma
inscreve no corpo o seu devir
e o sexo que habita livre o corpo
amarra a alma ao seu sentir
na carne se extinguem
os condomínios
na pele se alojam
salivas e fluidos ribeiram
até ao rio
de espasmo
que molha o fim do desejo
o sexo
não tem outra morada
que a do próprio corpo
o meu - solitário prazer
o meu com o teu - erótico encontro
mas o amor
constantemente (re)inventa
a sua morada
na alma humana habita
é sem-abrigo
sob um céu estrelado
ou banco de jardim
o seu lar procura
e o edifica
na alma sustenta
todo o peso do corpo
o amor que habita a alma
inscreve no corpo o seu devir
e o sexo que habita livre o corpo
amarra a alma ao seu sentir
domingo, 1 de maio de 2011
Beltane
Ela entrançou um mastro com flores e fitas coloridas
caminhou pelos campos a celebrar a vida
no dia em que os fogos altos alumiaram
a noite de intenso alegre e sensual desejoela dançou com o deus e amantes se consagraram
e então também a natureza almejou suas colheitas
e as crias se nutriram em dias de sol constante
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