quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O tempo nos bolsos da infância

A extensão do tempo
guardada nos bolsos de criança
escondida no desejo disfarçado
das suas risadas

é frágil a lucidez
e descomunal a esperança no olhar
pois todas as coisas se apoderam da realidade
em devaneios

os sonhos de criança
estendem-se pelo tempo
mais tarde possuem as lembranças
tanto quanto os factos que narram a vida

em que ecos antigos ressoam
em que profundezas se esvaem?
em que espaço interno se recriam
em que seios de lágrimas
como primaveras molhadas
não amanhecidas?

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