sexta-feira, 25 de setembro de 2015
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
domingo, 13 de setembro de 2015
A dança do Samurai
Não é suave
como a relva bem cuidada dos jardins
é aço e melancolia
só a alegria da vontade acaricia o caminho
por isso danço para cativar o tempo
uma sóbria espera
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Ao pesar o coração
Ao pesar o coração
senti-o leve
porque aprendi com as rosas
faltava-me alguma coisa
disseste
mas já eu tinha perdido tudo
e nas mãos floriam lótus
domingo, 6 de setembro de 2015
Mãe primordial
No ventre
tenho uma espiral de luz
para o mistério
tenho uma espiral de luz
para o mistério
e liga-me ao universo
essa obreira
abelha e flor da vida
aquieto nele um olho de furacão
- a sede e a fome vivente
dessa criança inteira
aquieto nele um olho de furacão
- a sede e a fome vivente
dessa criança inteira
sábado, 5 de setembro de 2015
A demora das feras
Veste-me de nuvens
de rio
de pedra perdida
de porto albergue
de partida
de montanhosa
descoberta
de diamantes raros
de veludo e garras
de onça
veste-me de sol poente
de marítimo porte
de figueira-brava
de espinhosa flor
de serpente
de entrelaçados ventos
de caos
de véus de sibilas
de pássaro levante
de esperas
depois despe-me
com a demora
da tua e da minha
imperfeição
e possui-me
como se a vida
se alentasse
de feras
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