vital como a lambida do mar na pele adere em sal é viver deixar fluir metamorfose é todo o existir simplesmente ser abrigam-se tantas coisas cá dentro cá fora desvendam-se as coisas ao abrigo do sol dizer palavreando da vida a revisitada espuma entre cá fora e cá dentro estão as chaves da água noturna a fundura do mar e a luz do nosso olhar
A noite cala no ventre da vida não é mártir o meu chão sangue e ouro de um pretérito olho incisivo na escuridão sinto o teu hálito fresco e fresca a noite que transborda da minha respiração e é resiliente o meu passo subtil por entre os cárceres leve no caminhar da paixão